Os resíduos dos plásticos são constantemente uma preocupação mundial, reunindo esforços entre fabricantes, governos e a sociedade para conseguir aumentar a taxa de reciclagem desse material.
Segundo o novo relatório a indústria de reciclagem de plástico deve atingir 47 bilhões de dólares até 2026, impulsionado por apoios governamentais e metas globais de sustentabilidade.
O polietileno de alta densidade, que responde por quase 20% do mercado de reciclagem de plástico, tem previsão de crescer quase 6% ao ano nos próximos anos. Já a reciclagem do Polietileno tereftalato (PET) cresce a 7% ao ano, atingindo 15,5 bilhões de dólares segundo as projeções do relatório.
Tais projeções são os resultados positivos de toda a conscientização mundial pelo apego a preservação do meio ambiente, e ter essa alta significativa na reciclagem do plástico é a prova de cada vez mais estamos caminhando para um mundo mais sustentável.
“Um bom exemplo é a garrafa PET. A gente gasta muita energia para produzi-la. Vamos supor que a gente decida reciclar essa garrafa misturando com algodão para fazer uma camiseta. O algodão é um material do ciclo biológico, ele poderia, por exemplo, ser compostado. Na hora que você junta a garrafa pet com o algodão você cria um outro tipo de material, o chamado material híbrido. Ele mistura os dois ciclos, o biológico (do algodão) com o técnico (da indústria). Quando você for reciclar o produto híbrido, você reduz a qualidade tanto do algodão, quanto da garrafa PET. É aí que vemos o downcycle.” continua Léa.
“Já na economia circular e no Cradle to Cradle, trabalhamos com o que chamamos de upcycle, ou seja, a gente desenha os produtos pensando nos dois ciclos (técnico e biológico), para que ao final do uso, os materiais possam retornar para seus ciclos. Assim, podemos dizer que a diferença entre reciclagem e economia circular é que a economia circular é mais avançada que a reciclagem. Ela pensa nos próximos ciclos do produto desde o início e não apenas ao final da produção.” conclui.