As latas, principalmente as de alumínio, estão sempre presentes na vida de milhares de brasileiros. Seja naquela cervejinha do fim do dia, no refrigerante e no chá gelado que acompanha o almoço, é certo que o volume de latinhas consumidas diariamente em nosso país é alto. Por isso, a reciclagem desses materiais é tão importante e você pode colaborar muito realizando a coleta seletiva.
Felizmente, o Brasil é o maior reciclador de alumínio desde 2001 – e parte desse sucesso se deve exatamente por conta das latinhas. Em 2016, nosso país reciclou 97,7% das latas produzidas por aqui – o equivalente a cerca de 280 mil toneladas de alumínio reaproveitadas.
Com este índice, o país ficou à frente do Japão e Estados Unidos, por exemplo, que reciclaram 76% e 64%, respectivamente, das latinhas de alumínio produzidas em seus territórios no mesmo ano.
Um dos grandes benefícios da reciclagem do alumínio é que ela serve de fonte de renda para milhares de brasileiros, que revendem as latinhas para que as próprias empresas produtoras de alumínio criem novos produtos com custos mais baixos. Outro ponto positivo do alumínio reciclado é que os materiais feitos a partir dele possuem a mesma qualidade de um novo.
Graças aos esforços da cadeia de reciclagem (fabricantes de chapas, de latas, envasadores de bebidas, cooperativas e recicladoras) e do governo para a conscientização da população, a reciclagem de latas de alumínio é um programa de sucesso com grande influência social, econômica e ambiental. Em 2016, apenas a etapa da coleta (compra de latas usadas) injetou cerca de R$ 947 milhões na economia nacional, gerando emprego e renda para milhares de pessoas, de acordo com dados da Abal – Associação Brasileira do Alumínio.
Como já explicamos no conteúdo específico sobre reciclagem de alumínio, o Brasil é o país que mais recicla latas deste material no mundo. Um dos maiores benefícios da reciclagem das latinhas é a economia de energia elétrica.
A mineração de bauxita (principal matéria-prima do alumínio), assim como seu refino para criar um novo produto “do zero”, demanda altos gastos com eletricidade. Já a reciclagem do mesmo material consome apenas 5% desta energia para a produção de novas mercadorias.
E mais: são necessárias cinco toneladas de minério de bauxita para cada tonelada de novas latas de alumínio produzidas para substituir aquelas que não foram recicladas. Esse procedimento gera cerca de cinco toneladas de lama cáustica que pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas e, por sua vez, afetar a saúde das pessoas e dos animais.
Por fim, a fundição do alumínio ainda produz óxido de enxofre e óxido de nitrogênio, dois gases tóxicos que possuem papéis importantes na poluição do ar e na chuva ácida.